BOSQUE NA ESCOLA

I - INTRODUÇÃO:
A Escola Estadual de Ensino Fundamental Dourado visando a formação integral do ser humano, busca através da educação ambiental , sensibilizar os educados e comunidade escolar sobre as questões ambientais, bem como, resgatar valores de preservação e respeito à natureza em benefício e desenvolvimento da comunidade local.
Motivados pela proposta do Centro de Divulgação Ambiental – CDA – Itá e tendo em vista a necessidade de se possuir em local próximo à escola, uma mostra de espécies de plantas nativas para fins pedagógicos optou-se por implantar o projeto “Bosque na Escola”.

II - O BOSQUE DA ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL DOURADO
O terreno pertencente a Escola Estadual de Ensino Fundamental Dourado compreende uma área de 4500 m², dos quais 775 m², aproximadamente 15% da área total constituem a área destinada ao bosque. Em fase de implantação desde junho de 2006, o bosque possui sessenta e duas (62) espécies de árvores nativas já em desenvolvimento e que estão sendo acompanhadas e monitoradas pelos alunos, através de  cartilhas fornecidas pelo Centro de Divulgação Ambiental – CDA – Itá.

Nas fotos  a seguir podemos observar a área de implantação do bosque.
 

 








 

III – O PROJETO “BOSQUE NA ESCOLA”


O Projeto “Bosque na Escola” foi implantado como prática educativa de educação ambiental e visa a formação de um espaço de lazer e estudos, proporcionando o contato com a flora local, o respeito pela natureza e o resgate de conhecimentos da comunidade local em relação às espécies nativas, bem como o embelezamento do local.
Constitui-se ainda em uma mostra de espécies nativas que servirá para a experimentação e prática de atividades ambientais a fim de sensibilizar os envolvidos tornando-os agentes multiplicadores de ações em prol do meio ambiente.
Na área do bosque foram plantadas sessenta e duas (62) mudas de árvores nativas de diferentes espécies, fornecidas pelo Horto Botânico da UHE - itá. As mesmas foram identificadas pelo nome popular para, posteriormente serem classificadas pelo nome científico.
Sob a coordenação da professora Salete Fiorini estão envolvidos diretamente na efetivação do projeto oito (08) professores, três (03) funcionárias e trinta e oito (38) alunos de 4ª, 5ª e 6ª séries.


III.I – DEMARCAÇÃO DA ÁREA


Após análise do local a área de 775 m² foi dividida em seis quadrantes, separados por caminhos (veja figura abaixo),  possibilitando a melhor circulação de pessoas no local.














Foram escolhidas as variedades a serem plantadas e demarcadas as covas. Para cada quadrante foi determinado o plantio de uma planta pioneira, que são plantas com desenvolvimento rápido e vida curta (aproximadamente 15 anos), capazes de melhorar o solo para as demais que irão ocupar o ambiente. Por exemplo a Aroeira e o Fumeiro-bravo são atrativas à fauna (os passarinhos se alimentam, defecam melhorando a fertilidade do solo). Além das pioneiras foram introduzidas as secundárias iniciais que são tolerantes tanto ao sol, quanto ao sombreamento e as secundárias tardias que crescem mais lentamente na sombra e depois aceleram seu crescimento. As frutíferas existentes na margem direita do bosque foram preservadas..

 

 


III.II – COVEAMENTO


Após demarcação da área foram feitas as covas com dimensões de 40cm x 40cm x 40cm, espaçadas de 3m x 3m, que é a distância média entre árvores adultas para formação das copas..

As fotos ilustram o coveamento do bosque respeitando as dimensões mínimas..
 

 









III.III - ADUBAÇÃO 
Na adubação das covas utilizou-se adubo orgânico e adubo químico que foram misturados ao solo retirado da cova a fim de proporcionar um bom desenvolvimento às mudas.

                                                      

 

III.IV – PLANTIO


O terreno estava demarcado, as covas abertas e adubadas! Iniciou-se, então o plantio das mudas de forma aleatória, ou seja, o plantio não foi realizado em linhas, respeitando-se o espaçamento mínimo, visando formar um espaço mais próximo ao natural.
Os caminhos foram definidos com vegetação natural, possibilitando o trânsito de visitantes, a realização de atividades de educação ambiental e manutenção do bosque.

 

 


 

 

 


III.V – ESTAQUEAMENTO


As estacas foram colocadas de forma inclinada a uma distância de 10cm da planta a qual foi amarrada à estaca com a finalidade de auxiliar na fixação das raízes e crescimento vertical e harmonioso da planta.

 


V - ACOMPANHAMENTO DO BOSQUE

O desenvolvimento das plantas será acompanhado de forma efetiva, através do controle de formigas, coroamento (limpeza) de 0,50m ao redor das mudas, medição das dimensões das árvores (dendrometria) e outras atividades de monitoramento necessárias ao bom desenvolvimento das plantas e formação do bosque. Esse trabalho será realizado de forma interativa e interdisciplinar entre professores e alunos envolvidos.
Paralelamente às atividades práticas são realizadas atividades pedagógicas interdisciplinares.

VI – ESPÉCIES NATIVAS ARBÓREAS PLANTADAS NO BOSQUE

QUADRANTE I

1.    Laranjeira-do-mato
2.    Guatambu
3.    Caliandra
4.    Mulungu
5.    caroba
6.    Paineira

QUADRANTE II

7.    Sete capote
8.    Uvaia
9.    Guabiju
10. Quebra-machado
11. Canela-amarela
12. Guajuvira

QUADRANTE III

13. Araticum
14. Grandiúva
15. Canela-amarela
16. Ingá-feijão
17. Araçá
18. Alecrim do mato
19. Canafístula
20. Guabiroba
21. Tajuva

QUADRANTE IV

22.  Espora de Galo
23. Louro-pardo
24. Espinheira Santa
25. Camboatá-vermelho
26. Ipê Amarelo
27. Canela-do-brejo
28. Catigua
29. Guajuvira
30. Camboatá-branco
31. Jabuticabeira

QUADRANTE V

32. Guajuvira
33. Guabirobeira
34. Canelinha
35. Forquilheira
36. Tarumã
37. Guabiju
38. Baga-de-morcego
39. Ipê Roxo
40. Cabreúva
41. Cedro
42. Vacum
43. Angico-vermelho
44. Goiabeira
45. Araçá
46. Cerejeira
47. grápia
48. Tarumaí
49. Figueira brava

QUADRANTE VI

50. Guabiju
51. Pitangueira
52. Cedro
53. Ingá-macaco
54. Rabo-de-bugio
55. Acucará
56.  Cincho

VII - Cartilhas

As cartilhas de acompanhamento fornecidas pelo CDA são uma ferramenta pedagógica que auxilia professores e alunos no desenvolvimento de atividades multidisciplinares, permitindo ao aluno conhecer, nominar e localizar as espécies arbóreas do bosque.
Os croquis dos quadrantes propiciam o trabalho com plantas, mapas, legendas, itinerários, bem como realizar medidas e cálculos.
O uso do tato e a observação são habilidades necessárias para realizar registros e tabulação de dados, além de fornecerem informações para construção de gráficos.
A expressão artística é estimulada através da confecção de placas de identificação, desenhos para escolha da capa e da logomarca do bosque, como também desenhos de folhas, caules, etc.
O registro anual do crescimento das espécies requer o manuseio de ferramentas de medidas (trena e paquímetro), envolvendo a construção de conceitos matemáticos.
A pesquisa é um recurso que possibilita a investigação científica e o estudo das espécies arbóreas,  tornando a aprendizagem mais significativa, através de sua contextualização nas atividades práticas.
O projeto possibilita ainda, a abordagem de temas transversais como Ética, Cidadania e Meio Ambiente.


VIII – CONSIDERAÇÕES FINAIS

A implantação do bosque na escola contribuiu de maneira significativa para o estudo do solo, conhecimento de plantas, bem como na recuperação e aproveitamento de área ociosa, possibilitando o embelezamento da escola, formando um ambiente o mais próximo possível do ambiente natural. Essa alternativa viabiliza uma melhor integração entre o homem e a natureza, incentivando e comprometendo os envolvidos com o bem estar da fauna e da flora e, principalmente com a qualidade de vida da população.
Após sua implantação em 2006, além das atividades pedagógicas, muitas foram as atividades práticas realizadas no bosque, visando sua manutenção e pleno desenvolvimento das plantas: limpeza, coroamento, controle de formigas, replantio de mudas, etc.
Os caminhos, por sua vez foram demarcados com postes perfurados e cordas, facilitando assim a poda de grama no local.
Atualmente o “BOSQUE RECANTO DA NATUREZA” está formado por cinquenta e seis (56) espécies arbóreas distribuídas em seis (06) quadrantes e é motivo de orgulho para a comunidade escolar